quinta-feira, 28 de fevereiro de 2008

Preservação do bosque vira discussão na câmara, loteamento urbano pode causar problemas a preservação da mata nativa.

Na última sessão da Câmara de Vereadores de Cornélio Procópio, o membro do grupo ecológico Vida Verde e da Comissão de Meio Ambiente da Diocese local, engenheiro florestal Astolpho Henrique Tibúrcio Vilhena manifestou sua preocupação quanto a pretensão da atual administração em implantar mil lotes urbanizados em terreno localizado nas proximidades do bosque municipal Manoel Júlio de Almeida. Ele observou que a construção de moradias vai causar um impacto muito grande ao meio ambiente naquela região da cidade.

O especialista enfatizou que dentro do Código de Postura e de Zoneamento do Município a região onde se localiza a mata São Paulo é considerada zona industrial. No local existem uma unidade de recebimento de grãos e também uma indústria de Transformadores.Astolpho ressaltou ainda que, trata-se de uma zona rural onde existe uma reserva florestal legal de pelo menos 230 hectares, portanto, 23 vezes maior que o bosque que tem cerca de 10 hectares. Além disso, existem dois mananciais de água que nascem dentro da mata São Paulo que precisam ser preservados para as futuras gerações.

O engenheiro florestal concluiu dizendo que o Plano Diretor aprovado no final de 2007 não prevê área de expansão urbana no local onde a prefeitura do município pretende implantar mais mil lotes urbanizados em Cornélio Procópio.Os vereadores ouviram atentamente o engenheiro florestal sobre as conseqüências que esta iniciativa pode causar ao meio ambiente da região, mas lembraram que o tempo é curto para aprovar projeto de lei nesse sentido, uma vez que 2008 é um ano de eleições municipais. A vereadora petista Neuza Matias Catarino (Fiô) afirmou que a prefeitura corre contra o tempo, uma vez que diariamente é procurada por pessoas que exigem pressa na definição daquela área para implantação de lotes urbanizados.

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