terça-feira, 3 de março de 2009

Procopense registra boletim de ocorrência na delegacia contra mortandade de peixes no Tangará




Dois anos depois que a Campanha da Fraternidade da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) levantou a questão do meio ambiente, fazendo um veemente apelo para sua preservação, visando beneficiar também as futuras gerações, na sede da 11ª Subdivisão Policial de Cornélio Procópio foi registrado um boletim de ocorrência denunciando a mortandade de peixes no ribeirão Tangará.

O boletim de ocorrência é de autoria de Dorival Francisco de Souza, morador do Jardim Cristo Rei, que todo final de semana reúne a família para passar momentos agradáveis nas imediações da ponte do ribeirão Tangará. Indignado, ele quer saber quem provocou a mortandade de peixes no local, mas não descartou o uso de defensivos agrícolas utilizados por agricultores da região pela situação deplorável daquele riacho que sempre foi muito freqüentado pelos procopenses. Dorival disse que o fato foi uma verdadeira agressão ao nosso meio ambiente.

Há pouco mais de dois anos, quando começaram as primeiras denúncias dando conta da poluição do ribeirão Tangará que nasce nas proximidades da Cooperativa Corol, passa pelo Jardim Primavera e vai até a região de Sertaneja, o então chefe da unidade regional da Sanepar em Cornélio Procópio, engenheiro sanitarista Milton Borghi, um dos idealizadores do Movimento Água de Nossa Gente, com o propósito de trabalhar para que o precioso líquido continue sendo um bem comum público e não privado, descartou qualquer culpabilidade por parte da estação de tratamento de esgoto sanitário do Tangará na poluição do ribeirão que leva o mesmo nome.

A implantação da cadeia pública através de celas modulares naquela região da cidade também é apontada como suposta responsável pela mortandade de peixes no ribeirão Tangará. Técnicos do IAP (Instituto Ambiental do Paraná) foram convocados para levantar as causas da mortandade de peixes naquela local que é muito freqüentado por quem aprecia uma boa pescaria. O fato foi denunciado justamente um dia depois que o Instituto Ambiental do Paraná voltou a liberar a pesca depois do período de piracema.

Diante de mais esta agressão ao meio ambiente, a população de Cornélio Procópio cobra providências das autoridades competentes para colocar um basta na mortalidade de peixes em nossos riachos, ribeirões e rios. O integrante do grupo ecológico Vida Verde, Astolpho Henrique Tibúrcio de Vilhena prometeu, em contato mantido com a redação do site de notícias Agora Cornélio, empenhar-se pessoalmente junto aos técnicos do IAP para levantar as causas que resultaram na morte de várias espécies de peixes encontradas no ribeirão Tangará. É mais um crime ao meio ambiente que a população procopense cobra punição para os verdadeiros culpados. O chefe do Instituto Ambiental do Paraná em Cornélio Procópio, José Macedo Mariano, prometeu anunciar o resultado das análises feitas nas águas do Tangará ainda esta semana.

Fonte: Isaac Vilela

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